Heloíza Montenegro Barbosa, 19 anos de idade, estudante. Minha vida pode ser quase toda guardada em uma caixinha de biscoitos franceses ou retratada em uma música do pearl jam. Aquariana, formada de mil metades: a metade estudiosa, a metade preguiçosa. A metade moderna, tecnologica, outra metade retrô, clássica. A metade tagarela, a metade quieta. A metade forte, a metade sensível. Amo ornitorrincos, cavaleiros do zodiaco, hayao miyazaki, jane austen, dvd's, livros antigos, bichos de pelúcia, edredons, caveiras, cadernos e chocolate branco. E , se quiser mesmo saber, eu só sei ser feliz assim.

Desde que eu me entendo por gente, eu conheço uma das maiores lendas urbanas daqui: os suicídios no CFCH. O Centro de Filosofia e Ciências Humanas - CFCH -, assim denominado a partir de 1974, resultou da fusão de vários departamentos da antiga Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Pernambuco (Fafipe), criada em 1950, e do Instituto de Ciências do Homem, inicialmente denominado de Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. Ocupa uma área de 25.690 metros quadrados, abrigando laboratórios de pesquisa e ensino e uma biblioteca setorial.
Vulgo, lugar onde eu vou estudar.
O fato é que mil pessoas já se suicidaram lá. E hoje, enquato eu estava no CAC (Centro de Artes e Comunicação, logo ao lado do CFCH) vendo meu primo defender a tese de mestrado dele, Diogo liga dizendo.
'Uma menina se jogou do CFCH'.
Logo depois um amigo do meu primo e o Fred já sabiam da noticia.

Querem colocar grades. Querem fazer passeatas pra pedir providências. Querem fazer crachá e proibir entrada de visitantes.

E desde quando isso vai acabar com suicidio em algum lugar no mundo?





Andando por alguns blogs, fui para no blog da Karine, uma brasileira que vive na Irlanda. Num dos posts, ela comenta sobre a música 'Father and Son' do Cat Stevens. Sinceramente, a versão do Cat não chega ao chulé da versão do Boyzone. Nem se misturar o Ronan (vocalista principal do Boyzone) com o Cat fica tão bonita, não sei o motivo.
Essa música é muito importante pra mim. Desde que eu a ouvi pela primeira vez e não entendia nada da letra, em 1997. A melodia e a voz eram perfeitas. Mas só depois que eu fui entender de verdade por que diabos essa música mexia tanto comigo.
Basicamente, a música é um diálogo. O pai falando para o filho e o filho falando para o pai.
Aproveitando o post dela, eu comecei a juntar as peças: meu maior sonho, pai, filhos, familia, boyzone é uma boyband irlandesa.
E pela primeira vez, eu vou falar da viagem diretamente.
Esse meu um mês na Irlanda é motivo de discórdia. Minha mãe é mais do que contra. Ela diz que o dinheiro que eu tenho (tudo - tudo mesmo - foi a minha avó que me deu) vai ser jogado fora. E, caso eu queria (e quero) voltar, vou ter que me virar sozinha.
Em várias vezes, ela colocou falsas esperanças e eu, como idiota, caí na dela.
Mas eu continuei. Resolvi traçar minha própria viagem. Minhas próprias conquistas. Hoje em dia, minha familia não conhece os meus sonhos. Eles ignoram (todos eles, sem exceção). E eu desisti de dizer tudo o que eu quero. O que não significa que eu deixei de sonhar.
Sozinha. Mas eu sonho.
As vezes eu penso que minha mãe podia sorrir e dizer 'que bom que você vai realizar seu sonho'. Mas ela não diz. E dúvido muito que vá dizer. Se ela soubesse o quanto vai ser importante pra mim. Ou se ela dividisse comigo um pouco de tudo o que ela pensa.
Hoje, eu discordo de Dom Helder Câmara ou Raul Seixas. Existem sonhos que se sonham sozinho e que se tornam realidade. Eu tenho o apoio de várias pessoas mas, desculpem, o apoio que eu não tenho ainda é o mais importa. Talvez por não tê-lo é que eu sinta tanta falta dele. Eu sinto falta do sorriso da minha mãe pra mim. Eu sinto como se ela se culpasse pela minha viagem e me culpasse ainda mais.
E pela primeira vez, eu não me sinto como uma criança. Pela primeira vez, as coisas estão seguindo o rumo que eu mesma quis que elas seguissem. E, sinceramente, eu pensei que estaria mais feliz.

Agora, a letra da música e tcharam, tudo vai fazer sentido. A parte do filho vai em itálico.

It's not time to make a change, just relax, take it easy. You're still young, that's your fault, there's so much you have to know. Find a girl, settle down, if you want, you can marry. Look at me, I am old, but I'm happy.
I was once like you are now and I know that it's not easy to be calm when you've found something going on, but take your time, think a lot, I think of everything you've got, for you will still be here tomorrow, but your dreams may not.

How can I try to explain? When I do he turns away again and it's always been the same, same old story. From the moment I could talk, I was ordered to listen, now there's a way and I know, that I have to go away. I know I have to go.

It's not time to make a change, just sit down and take it slowly. You're still young that's your fault, there's so much you have to go through.
Find a girl, settle down, if you want, you can marry. Look at me, I am old but I'm happy.

All the times that I've cried, keeping all the things I knew inside, and it's hard, but it's harder to ignore it. If they were right I'd agree, but it's them they know, not me. Now there's a way and I know that i have to go away. I know I have to go

Me diverti pra caramba!



Hoje eu fui pra Bezerros, vulgo terra dos papangus no interior do Estado. Chovia muito. Coloquei um short, uma camiseta, um velho all star e meu casaco. Aquele cenário do caminho, meio bucólico me inspirou, junto com a voz do Ronan.





“Não existem sonhos estúpidos, existem pessoas estúpidas que não conseguem realizar seus sonhos”
(Mandy)


ILY, MANDY



I rattled o'er the bogs and frightened all the dogs, on the Rocky road to Dubilin,
One, Two, Three, Four, Five! Hunt the hare and turn her down the rocky road and all the ways to Dubilin, whack fol-al-derol.

39 dias?



Anberlin me inspira demais. Ou anda inspirando demais ultimamente. Não sei, tive uma súbita vontade de fazer uma lista de coisas que não entendo, mas deixa pra lá. Por que uma das melhores músicas mais lindas se chama alexithymia? Nome sem lógica. Hoje meus planos sairam fora dos planos. Mas, estou me acostumando a não planejar tudo também. Um pouco de destino não vai me matar. Não estava nos meus planos sentir meu estômago revirar assim que entrei no saguão (sem trema) do Teatro da UFPE. Realmente. Silver saxophone say I should refuse you. Viu? Encaixa. Encaixa direitinho. Oh Bob, não faz isso comigo. Lembrei do Joker no Municipal. Engraçado como eu criei uma perfeita cena na minha mente. As imagens vem aparecendo sem que eu tenha qualquer dominio sobre elas. E eu sei que posso aproxima-las da realidade. Mas estamos falando de mim. Eu não devia ter tanto medo de ser realista. Devia ser natural. Mas dã, eu sou aquariana.

E essa é uma ótima desculpa pra tudo.



Acabei de descobrir que o Stephen é devoto de Santo Expedito. *Fin e Dismantle Repair não me deixam mentir.



Dei entrada no meu passaporte hoje e vou tirar na terça-feira. Segunda, pretendo ir na agência.
Minha mãe vive me dizendo que eu devia aprender a me virar sozinha. E é exatamente isso que eu estou fazendo, mãe.



igor. diz (21:36):
sabia que a effy fala portugues
?
a guria que interpreta ela, tem parentes no brasil e tals
heloíza diz (21:36):
sabia
heloíza diz (21:37):
ela é brasileira, parece
igor. diz (21:37):
vai tomar no cu, só eu não sabia isso
heloíza diz (21:37):
HAUHAUHAUAHAU
ok, vou fingir que não sabia, fala de novo
igor. diz (21:37):
aaaah effy tem parentes no brasil e fala portugues, legal né ?
heloíza diz (21:38):
SÉRIO? UAU, QUE FODA







Como eu sou absurdamente inutil, o comentário do Júlio me deu vontade de escrever sobre a minha semana. Ou seja, se preparem para um post chato e, talvez, longo. Meu computador quebrou e já foi consertado. E vou ganhar um novo monitor, uma nova mesa e uma nova cadeira (falta só entregar aqui em casa), além do estabilizador e uma internet melhor (que eu espero que o cara venha instalar logo). Mas vamos deixar o lado materialista e vamos ao post.
Semana passada, eu fui na FIR, trancar minha matricula. Encontrei a Marcela na fila para resolver umas coisas com a matricula dela e me deu um aperto no coração. Algo em mim não queria ir embora. Algo em mim queria continuar assistindo aula de politica ou gazeando aula de direito com a Marcela. Mas, como eu e a nostalgia somos amigas de longa data, acho que já estou acostumada.
Fui no Detran marcar os meus testes médicos/psicotécnico pra tirar a carteira de motorista e fiz o exame médico ontem. E começaram minhas aulas de violão com o professor bonito. Três acordes e vários exercicios de agilidade. E eu acho que preciso de um violão pra canhoto.
Meus Dvds chegaram. O do Backstreet Boys é um horrorzinho. Mas a versão de 'Just to be close' me ganhou. O do Westlife é... Sei lá, é perfeito demais pra usar palavras. Mesmo sem o Brian.
Minha mãe comprou o material pra fantasia e já mandou fazer, fica pronta sábado de manhã. De noite, é o Municipal e espero que seja legal e menos doloroso que o ano passado.
Segunda-feira, fui com a minha tia, umas amigas dela e a Helvia me inscrever num curso de francês em uma escola, em Boa Viagem, de graça. Não deu pra fazer a matricula. De lá, eu fui direto pra UFPE, me inscrever num curso de férias. Detalhe, eram 11hrs da manhã. O curso começava de 14hrs. Esperei, fui almoçar, voltei e encontrei a Laura.
A palestra da segunda foi legal. Da terça foi chata. Não fui na quarta. Saí na metade da de hoje. Comprei uma calça xadrez e uma meia calça vermelha.
E estou com um namorado virtual escroto. Pois é.



Minha semana foi anormalmente movimentada. Está sendo. Com direito à sono em palestras, reecontros, cartas surpresas, recortes e calça xadrez.



Minha esperança no mundo me comove, as vezes. Eu acredito que o homem pisou na lua. Acredito que o Mark Feehily melhorou consideravelmente seus passos de dança. Acredito que 'I want you' foi escrita pra mim (mesmo meus pais sendo duas crianças quando essa música foi escrita). Acredito que vou me inscrever no curso de férias da ufpe. Acredito na cura do cancêr. Acredito que Danny Jones me ama, mesmo sem saber.

Mas ninguém me convenceu em acreditar no coelhinho da páscoa. Não ainda.



Guilty undertaker sighs, lonely organ grinder cries silver saxophone say I should refuse you. Cracked bells and washed out horns, blow into my face with scorn, it's not that way, I wasn't born to lose you.
I want you. I want you. Honey, I want you so bad.
Drunken politicians leap under the streets where mothers weep. Saviours lying fast asleep, they wait for you.
I wait for them to interrupt me, drinking from my broken cup and ask for me to open up the gate for you.
I want you. I want you. Honey, I want you so bad.
All my fathers, they've gone down, true love, they live without it and all their daughters, they still put me down because I think about it.
I returned to the Queen of Spades, talked with my chambermaid, she knows that I'm not afraid to look at her. She's good to me, there's nothing she don't see, she knows where I would rather be but that doesn't matter.
Dancing child with his shiny suit he spoke to me, I stole his flute, no, I wasn't that cute to him, was I?
I did it all because he lied, because he took you for a ride, because time was on his side because I want you. I want you. I want you so bad.

É.



Hoje eu fiquei vendo uns velhos episódios de skins, enquanto minha internet não é boa o bastante para baixar os novos. Vi os últimos episódios da segunda temporada e reacendi minha paixão platônica pelo Chris. Na primeira temporada, ele não passava de um drogado loucão. Na segunda, ele virou um docinho. Me apaixonei perdidamente por ele, pela maneira que ele fazia as coisas sem pensar e todo mundo aceitava, só por que o amava.
De todos os personagens de Skins, eu me acho muito parecida com o Chris. O humor estranho, até um pouco infatil, a lerdeza, a vontade de ajudar tudo e todos da maneira mais estabanada. É. Heloíza Miles.