Heloíza Montenegro Barbosa, 19 anos de idade, estudante. Minha vida pode ser quase toda guardada em uma caixinha de biscoitos franceses ou retratada em uma música do pearl jam. Aquariana, formada de mil metades: a metade estudiosa, a metade preguiçosa. A metade moderna, tecnologica, outra metade retrô, clássica. A metade tagarela, a metade quieta. A metade forte, a metade sensível. Amo ornitorrincos, cavaleiros do zodiaco, hayao miyazaki, jane austen, dvd's, livros antigos, bichos de pelúcia, edredons, caveiras, cadernos e chocolate branco. E , se quiser mesmo saber, eu só sei ser feliz assim.

and when we get home, i know we won't be home at all, this place we live, it is not where we belong. and i miss who we were in the town that we could call our own, going back to get away after everything has changed...
could you remind me of a time when we were so alive? do you remember that? do you remember that? could you help me push aside all that i have left behind do you remember that? do you remember that?
so we stand here now and no one knows us at all, i won't get used to this, i won't get used to being gone. and going back won't feel the same if we aren't staying, going back to get away after everything has changed.
could you remind me of a time when we were so alive? do you remember that? do you remember that? could you help me push aside all that i have left behind do you remember that? do you remember that?

franklin, paramore.



Sinto falta da minha vida de antes. Sinto falta de dormir a tarde toda, acordar a hora que eu quisesse, não ter que me despedir às 4hrs da tarde para me arrumar para a faculdade. Sinto falta de ler meus livros sem pensar que devia estar lendo o texto de antropologia, sinto falta de ficar com preguiça o dia todo.
Mas, ao mesmo tempo, eu gosto dessa vida corrida. Gosto de me sentir viva, ativa. Gosto de pensar que estou seguindo meu caminho, sem ajuda de ninguém. Significa que, mais cedo ou mais tarde, as coisas vão ficar mais fáceis. Meus sonhos vão ficar mais 'tocavéis'. E tocar é tudo o que eu ando precisando.



Quando eu paro pra pensar, vejo que sou extremista. Ativa e passiva, corajosa e covarde, forte e chorona. E sei fingir bem. Ou não.
É só que tem coisa que me deixa com tanta raiva, que não dá vontade de discutir. Eu tenho medo de perder.



Nunca tente convencer a sua mãe os seus motivos de não acreditar em casamento. Nunca.



- Eu costumava odiar todas as pessoas do universo - comecei, sentindo um aperto no peito - Na verdade, eu continuo odiando todas as pessoas. Todas elas, exceto... Você.
Charlie virou-se na minha direção, com uma das sobrancelhas levantadas.
- Eu gosto de você, ok? É dificil falar isso pra você, mas é ainda mais dificil dizer pra mim mesma - prendi a respiração por alguns segundos - Eu achava tão patético o fato de todas as garotas da escola serem completamente apaixonadas por você! De certo modo, eu descobri os motivos. É como se tudo em você fosse especificamente projetado para ser... Perfeito. Mas não perfeito do modo que todo mundo pensa. Perfeito do seu modo. O seu jeito prepotente, o seu modo de olhar para as pessoas achando que pode domina-las, o fato de você poder ler meus pensamentos mais esquisitos e saber exatamente quando tudo o que eu quero é ficar do seu lado... E eu sei que você sabe que é isso o que eu quero agora.
- Então, - ele aproximou-se de mim - Você me ama?
- Seja lá o que isso for - sorri - Acho que sim.



Eu, muitas vezes, me surpreendo comigo mesma. Me surpreendo como eu consigo 'apagar' algumas coisas rapidamente, para não sofrer. E como eu consigo me acostumar com a falta.
Voltei a abrir aquela pasta de fotos com o nome de determinado país. Voltei a folhear meu album, voltei a abrir aquela caixa de papeis, notas fiscais, mapas, passagens de ônibus, telefones, etiquetas.

Acabei percebendo que, a maior saudade, eu não vou ver, nem sentir. Vou apenas saber que ela existe.